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Moradia Coletiva
Por: Maria Silvia Ferraz
Revista Bamboo 06.2016
depois do co-working, começam a surgir iniciativas de co-living
Compartilhamento é um conceito em alta na vida contemporânea urbana. Diante da falta de espaço físico, preocupação com sustentabilidade e desejo por uma existência mais inteligente, compartilhar escritório, carro ou casa de veraneio já é uma realidade para muitas pessoas. Porém, em Londres, uma incorporadora está expandindo o conceito para a moradia – e com sucesso. Quatro novos empreendimentos residenciais propõem o co-living; uma evolução do co-working, agora abrangendo todas as atividades humanas. Pode-se comparar com o esquema de uma república estudantil, porém numa versão mais profissional, mais confortável e sem foco num público necessariamente tão jovem.
Os espaços comuns de uma casa, como cozinha, salas e áreas de serviço, são compartilhados. Já quartos e banheiros são individuais. Dessa forma, a privacidade do residente é preservada, ao mesmo tempo em que os custos do aluguel diminuem exponencialmente. Além disso, os empreendimentos garantem boas áreas dedicadas ao lazer, como lounges, salas de jogos e academias. A casa se propõe a ser lugar de inspiração e convivência, promovendo a troca de ideias, histórias e culturas entre seus moradores.A iniciativa vem ganhando força em Londres. Recém-inaugurado, o complexo habitacional Old Oak, da The Collective, está retratado nas fotos.
A empresa oferece um programa completo para seus inquilinos. Além de restaurante, terraço, spa e cinema, conta com um anexo de escritórios no modelo de co-working. Internet, limpeza e segurança são garantidos, trazendo tranquilidade aos moradores.
Jovens solteiros são, naturalmente, o público alvo. A ideia é atrair aqueles que acabaram de ingressar na vida profissional. Mais do que isso, o sucesso de procura ao empreendimento revela interessantes tendências de habitação. Se no passado comprar um imóvel e atingir estabilidade eram metas, hoje se valoriza muito mais a liberdade de locar quartos por semana e poder sair a qualquer momento para desbravar o mundo. Indícios das mutações pelas quais vêm passando o morar.